Os conflitos existenciais surgem dos personagens que construímos no decorrer da vida. Quando adulto acumulamos experiências que são as histórias do passado e cada pessoa assume propósitos e sentidos.

Assim sendo uma mulher acumula o papel de mãe, esposa e filha. Aqui exemplificados três personagens. Semelhante para a figura masculina homem, marido, pai e filho. Aumentei mais um personagem, neste caso quatro papeis.

Como funciona estes personagens na mente das pessoas. Nem sempre existe harmonia, pelo contrário, na maioria das vezes são conflitantes. O paciente na terapia de grupo relatou que hoje se considera um homem frouxo porque sempre fez o que a mulher queria. Lembrou o fato de que era ele, como pai, que dava banhos na filha e que fazia a trancinha no cabelo dela, e que atualmente quando recorda este fato, pensa que errou que caberia a esposa esta tarefa e continua narrando que depois dirigia o veículo e levava a esposa para todos os lados e que a esposa alegava que não sabia dirigir , mais adiante a esposa comprou uma moto e pilotava a moto pro toda a cidade.

Esta fala do paciente aconteceu numa sessão de psicoterapia de grupo na presença de dez pacientes. Eu como terapeuta fiz a seguinte intervenção:

- Você exemplificou bem. Quando você dava banho na sua filha você agia como pai. Este era, naquela época o seu personagem principal. Quando você fala do conflito com a esposa onde você se coloca na posição de subordinado a ela você descreve uma cena de homem versus mulher. Marido versus esposa. Como eu disse anteriormente são os personagens entrando em ação.