vocação versus necessidade
João aos dezoitos anos de idade deseja estudar e cursar faculdade porém necessita trabalhar para ganhar dinheiro para o sustento.
_ João qual o curso escolhido?
Talvez a resposta seria a mais comum. Decidir por um curso que dá mais dinheiro. Outros diriam serei fisioterapeuta porque gosto de ajudar as pessoas. Serei programador, adoro computadores.
Quando olha para o núcleo familiar, pai, mãe mais quatro irmãos, menores. O pai vive para o hedonismo, bebidas, mulheres, jogo de cartas. A mãe doméstica de formação primária. Apoiado pelos tios e tias. João está determinado. Vai estudar e fazer um curso superior.
_ Isaías, ei João que faz por aqui?
- Que bom te ver. Matriculei no cursinho. Está caro, consegui um desconto. Aquele Senhor que te trouxe é teu pai.
_ Sim. Ele está indo para o trabalho, ele é arquiteto, peguei carona com ele.
Por alguns segundos, num relâmpago João pensou onde estaria o pai dele. Em casa, sóbrio, ou trabalhando. Somente Deus sabe. É dureza a escassez, falta de amor e falta de dinheiro. Fartura de faltas. Quanto ao amigo, a primeira impressão, possuir o pai zeloso e carinhoso. Acrescenta o fato de ter mais recursos financeiros. Infelizmente muitos pais que possuem renda alta, falham na relação amorosa. Mas este não parece ser o caso de Isaías, afortunado de abundâncias na proteção, no amor e nos recursos financeiros. O oposto de João.
João trabalha de dia, estuda a noite. Na primeira aula cochila, meio acordado e meio dormindo. O consolo, a alegria de João é a Helena, colega de turma, colírio para os olhos. Olha para ela, admirável. Deseja ardentemente, nem sequer sabe se está sendo correspondido. O olhar dela entrecortada é instigante.
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