Insônia - Qual medicamento prescrever?

Perguntas:

1) Como o aumento expressivo no consumo de remédios indutores do sono impacta a saúde mental da população local?

Os medicamentos consumidos conforme a prescrição médica quase sempre são benéficos. Quando ingeridos de forma inadequada em doses estratosféricas provocam sedação ou efeitos contrários, o paciente poderá permanecer desperto, isto é insone.  A melhora da qualidade sono significa ânimo, disposição e sensação agradável de apaziguamento da angústia.  Ainda que inconscientemente o paciente ao livrar da angústia pelo efeito químico -biológico registra na memória o bem estar desejando a medicação noturna diariamente. Este fato é chamado de  dependência do remédio. Numa relação custo benefício na dose terapêutica esta dependência em certa medida será salutar, porque a insônia crônica  é terrível.

2) Em que casos os remédios são recomendados?

O hipnótico é uma categoria de remédio específico para induzir o sono. Os mais conhecidos são o Alprazolam, Clonazepam e Zolpidem. Para aqueles estressados com os pensamentos acelerados e sobrecarregados de responsabilidades e compromissos, estão cansados, deitam para dormir, o sono não vem, é uma boa indicação. Situações de conflitos existenciais ou situações de perda afetiva, mortes e separações conjugais é comum turbulência e sonífero vai ajudar a manter a serenidade e a paciência, lembrando que o tempo é o remédio para muitos males.

3) Que alternativas podem ser consideras para evitar o uso de remédios?

Exercícios físicos regulares de preferência no período da manhã e da tarde, evitar treinos noturnos. Investir na espiritualidade, práticas religiosas que alimentam a fé e estimulam a meditação, aderir a programação televisiva, filmes, internet transmitem mensagens mais otimistas, afastar do noticiários de tragédias, violência. O poder da influencia e da sugestão são vias de mão dupla diretamente proporcional ao que chamamos de lei da atração,  se você vê o melhor, melhor terá, se prefere o mundo do sofrimento, sofrimento terá.

4) Diante do alerta da ANVISA quais estratégias o senhor considera mais eficazes para conscientizar a população sobre os riscos associados ao uso indiscriminado desses medicamentos?

A pergunta se refere ao termo uso indiscriminado implicitamente tendendo a terceirizar a responsabilidade. É exagerado a palavra indiscriminado porque as pessoas desejam e tomam esta decisão. é a lei do livre arbítrio. O paciente está em plena faculdade mental para escolher e tomar decisão sobre si mesmo e não prejudica o próximo. Então pensar que um órgão governamental  deveria ser o limitador cria burocracia desnecessária.

A diferença entre o veneno e o remédio é a dose. Um litro de água não mata ninguém, mas cinco litros morre afogado. Dormi mal as vezes, é da natureza humana. Passar noites em claro por dias provocam consequências danosas a saúde mental.

A insônia altera o humor, irritabilidade, impaciência, nervosismo. Diminui a energia vital, fadiga, desânimo, cansaço.  Predispõe às doenças orgânica e à baixa da imunidade.

Somos resultado do nosso tempo, da cultura contemporânea. Hábitos noturnos estão sendo normalizados.  Frequentar academia de ginástica após as 21 horas é insalubre ao biorritmo circadiano, mas as pessoas estão malhando até depois da meia noite .  As empresas adotam o horário de turno e os trabalhadores viram a madrugada sem pregar os olhos e matutinamente os homens e mulheres chegam em suas residências permanecendo acordados. A indústria do entretenimento invade a noite,restaurantes, filmes, shows, novelas e o futebol terminam depois das 23 horas.

Portanto antes de afirmar que alguém sofre de insônia seria de bom grado analisar a rotina e o quanto esta pessoa adquiriu hábitos noturnos e não deseja a mudança destes hábitos e depois preferem sair dizendo que sofre de insônia.

5) Como os profissionais de saúde especificamente podem contribuir para a promoção de alternativas e tratamentos que visem reduzir a dependência desses medicamentos indutores do sono?

A resposta é complexa foge da simplicidade, envolve inúmeras variáveis. Em bases científicas a psiquiatria segue o protocolo, qual é o diagnóstico, a causa da insônia? Dito isto é proposto o tratamento e a prescrição do hipnótico na relação custo benefício na expectativa de melhorar a qualidade de vida do paciente. Tomar o medicamento por longos anos em doses terapêuticas será a dependência salutar, entretanto aqueles aficionados na overdose pulsional mortífera, certamente o problema não é insônia, mas provavelmente outra patologia a mais comum, depressão.

 

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